quarta-feira, 12 de setembro de 2007

No dia da minha morte...

No dia da minha morte o mundo continuará a sorrir...
Porque serei apenas mais uma e porque é o que quero...

Fechei os olhos para dormir e dei por mim a sonhar com a minha própria morte... No mínimo macabro mas ao mesmo tempo peculiar.

Todos sorriam e conversavam sobre os momentos felizes que havíamos passado! Gostei!

De um lado tu, a minha amiga de infância, a contar como nos riamos quando nos fechávamos no quarto a ler as revistas da irmã mais velha; dos polícias e ladrões jogados na rua; das rifas vendidas por prédios e pelas ruas...

Mais à frente o pessoal do preparatório... Não eram muitos... Perdemos o contacto muito rapidamente mas, com o medo de voltarem a perder mais alguém lá estavam a combinar encontros... Falavam dos almoços de quarta feira nos 3 macacos; dos interturmas de futebol (quando defendi aquele penalti daquela balofa do 9º E); do ódio comum que nutrimos por algumas espécies professorais =) Coisas de miúdos!

Uns passos mais e o pessoal da Catequese... Ui! Onde andavam vocês antes? O TopoGigio, o Afilhado, a Madrinha...

Um pouco mais à frente a turma de secundário... Engraçado como esta se confundia com a de preparatório... Algumas pessoas da catequese... Já havia mais interligação entre amigos e conhecidos!

Do outro lado, a família... Engraçado como as pessoas que já perdi lá estavam também! Sorriam como quem diz: estamos sempre aqui... De que valem as lágrimas quando a sorrir ficamos muito mais bonitos.. Pronto... Se não ficamos bonitos pelo menos fazemos sorrir os outros também e isso sim é importante.

O meu desejo era este... Ninguém a chorar! Tudo feliz não pelo que se perdia mas pelo que tinha dado enquanto presente...

Um pouco à frente a JuFra... Só ao ver esta parte é que me apercebi da falta que me faziam (ou fazem) estes irmãos não de sangue mas escolhidos com o coração!

Vi professores da universidade, empregados e mais... Colegas da uni... Tanta gente e todos a contar parvoíces e peripécias...

Comecei a ouvir uns acordes... Havia "Saudade" presente! Entrou uma tuna que cantava e sorria para não desafinar... Todos sabemos que o mais importante é o sorriso para não desafinar na vida! As capas eram pretas mas as almas limpas e imaculadas! Gostei!

Por fim, começo a ouvir um sem número de dialectos e línguas... Eram vocês... As pessoas que me fizeram ganhar confiança em mim, que me fizeram acreditar que eu era muito mais importante do que pensava...
Graças a vocês dei importância a toda a realidade da minha vida...

Abri os olhos e afinal não estava a ver o dia da minha morte... Mas uma retrospectiva da minha vida! Uma vida brilhante, criada por seres mais brilhantes ainda e que me ensinaram e deram força para lutar por tudo o que vale a pena.

Uma vida que se foi fortalecendo desde ti Andreia, passando pela D. João, o do Vale, a igreja, a JuFra Portugal, a TFIST e o BEST...

Cheira-me que ainda há muito que fazer até voltar a sonhar com o dia da minha morte... Mas uma coisa é certa!

Quero Sorrisos e música!

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

O caminho e o caminhar...

Tem sempre presente que a pele se enruga,

o cabelo embranquece,

os dias convertem-se em anos...


Mas o que é mais importante não muda;

A tua força e convicção não têm idade.

O teu espírito é como qualquer teia de aranha.


Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.

Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.

Enquanto estiveres viva, sente-te viva.

Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.

Não vivas de fotografias amarelecidas...

Continua, quando todos esperam que desistas.

Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.

Faz com que em vez de pena, te tenham respeito.

Quando não conseguires correr através dos anos,

Trota. Quando não consigas trotar, caminha.

Quando não consigas caminhar, usa uma bengala.

Mas nunca te detenhas!!!.


E fica hoje aqui um texto de Madre Teresa de Calcutá... Dedicado a todas as pessoas que se cruzam na minha vida.
Nunca se detenham, a vida não foi feita para hesitações.

Sursum Corda!

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Vielas de Alfama...

"Vielas de Alfama
Ruas da Lisboa Antiga,
Não há fado que não diga
Coisas do Vosso Passado.
Vielas de Alfama
Beijadas pelo Luar
Quem me dera lá morar
Pra Viver junto do fado"

Quando não estamos à espera de encontrar algo, abre-se uma panóplia de situações em nosso redor...
Quando pensamos que já conhecemos tudo, que nada mais nos pode surpreender, ficamos surpresos como aquilo que para nós sempre foi normal têm ainda um je ne sais quoi...
Assim é para mim a cidade de Lisboa.
Não essa Lisboa da azáfama, da correria, das caras carracudas...
A Lisboa do fim de semana: Com um leve nevoeiro que não deixa ver a margem que me viu nascer e com aquelas ruas a subir e a descer.
Uma taberna aberta às 9h da manhã onde já se pedem os primeiros copinhos de três...
Um senhor a ler o Record e a dar as indicações que pedíamos... Sem mesmo nós sabermos para onde íamos...
Uma Lisboa Mágica...
Alfama...
Uma porta entreaberta de onde se ouvia Fernando Maurício enquanto a vizinha da frente continuava nas suas lides de dona de casa e o senhor da rua seguinte estava a fumar o seu cachimbo à janela.

Depois, um desejo de: "Esta sim, é a Lisboa que eu amo..." Olhar em volta ver obras luxuosas a serem construídas de raiz e prédios que com toda a certeza já tiveram o seu luxo em tempos áureos a serem votados ao abandono...

Uma Lisboa esquecida...

Mas onde a vida fervilha a cada esquina.

Percam uma manhã de Domingo... Ou tentem ganhá-la com um percurso destes.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Lema de Vida

Nada melhor para me dar a conhecer do que expor a personalidade que me caracteriza através de um poema que sempre me fez bater o coração mais depressa. Um poema que me faz pensar que, de facto, podemos ir onde o coração nos levar...

"Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda,
Brilha, porque alta vive."

Ricardo Reis
14-2-1933

E ainda não é aqui que começam as minhas memórias... Essas virão mais tarde... Mas por este ano, em que Fernando Pessoa escrevia as palavras que iriam mexer com o mais profundo do meu intimo, já em alguns sítios fervilhava aquilo que me fez o que sou... As minhas origens.

E é aqui que irá começar esta jornada...

domingo, 21 de janeiro de 2007

Prefácio

Pois é...
A vida passa, os sorrisos correm, as lágrimas escorrem... Toda a vida flui para algo.
Mas, claro que ficam memórias...
De um circo, de um festival, de uma saída com amigos, de uma estadia em casa de alguém...
Todos tivemos e teremos sempre coisas a recordar...
Como o papel cai em desuso, mas como a memória é eterna aqui vão ficando algumas das memórias que me vou lembrando...
Sim, porque isto de lembrar também é relativo. Quantos são os momentos mágicos que já ficaram no passado?
Começo aqui a minha compilação de dados.
A ver vamos as memórias que consigo reter...
Boa noite *