domingo, 4 de fevereiro de 2007

Vielas de Alfama...

"Vielas de Alfama
Ruas da Lisboa Antiga,
Não há fado que não diga
Coisas do Vosso Passado.
Vielas de Alfama
Beijadas pelo Luar
Quem me dera lá morar
Pra Viver junto do fado"

Quando não estamos à espera de encontrar algo, abre-se uma panóplia de situações em nosso redor...
Quando pensamos que já conhecemos tudo, que nada mais nos pode surpreender, ficamos surpresos como aquilo que para nós sempre foi normal têm ainda um je ne sais quoi...
Assim é para mim a cidade de Lisboa.
Não essa Lisboa da azáfama, da correria, das caras carracudas...
A Lisboa do fim de semana: Com um leve nevoeiro que não deixa ver a margem que me viu nascer e com aquelas ruas a subir e a descer.
Uma taberna aberta às 9h da manhã onde já se pedem os primeiros copinhos de três...
Um senhor a ler o Record e a dar as indicações que pedíamos... Sem mesmo nós sabermos para onde íamos...
Uma Lisboa Mágica...
Alfama...
Uma porta entreaberta de onde se ouvia Fernando Maurício enquanto a vizinha da frente continuava nas suas lides de dona de casa e o senhor da rua seguinte estava a fumar o seu cachimbo à janela.

Depois, um desejo de: "Esta sim, é a Lisboa que eu amo..." Olhar em volta ver obras luxuosas a serem construídas de raiz e prédios que com toda a certeza já tiveram o seu luxo em tempos áureos a serem votados ao abandono...

Uma Lisboa esquecida...

Mas onde a vida fervilha a cada esquina.

Percam uma manhã de Domingo... Ou tentem ganhá-la com um percurso destes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lisboa..a cidade branca dos meus encantos e desencantos, dos passos perdidos e achados, das ruas calcorreadas vezes sem conta, perdido na multidão,na eterna busca de um etéreo EU, que sei que nunca alcanço, mas que não consigo deixar de procurar.
Lisboa, manhosa e sedutora, puta e senhora, faz de mim o que quer,
veste-se de povo, marujo ou malmequer, arlequim ou ardina, mas para mim será sempre mulher.